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De geração para geração: o que muda no processo de ensino-aprendizagem?

De baby boomers a geração P, escolas e educadores precisam se adaptar num espaço de tempo cada vez mais curto para formar alunos em sintonia com o mundo

Tempo de leitura:6 minutos

De baby boomers a geração P, escolas e educadores precisam se adaptar num espaço de tempo cada vez mais curto para formar alunos em sintonia com o mundo.

No último mês acompanhamos nas redes sociais os embates e brincadeiras entre Millennials e geração Z. O termo “cringe” ganhou os trending topics no Twitter porque os nascidos no final dos anos 90 e começo dos anos 2000 – a geração z – começaram a comentar sobre os gostos dos nascidos nos anos 80 até meados de 90 – os Millennials – categorizando os hábitos como constrangedor, mico, vergonhoso ou brega, cringe.

Mas sem entrar no mérito do café, rir com “hahaha”, ponto de exclamação, sapatilha e falar sobre boletos ser cringe ou não, a verdade é que as diferenças entre as gerações trazem para o centro do sistema educacional a necessidade de entender como elas aprendem de formas diferente e porquê.

É PRECISO FORMAR OS ALUNOS NO TEMPO E NO MUNDO EM QUE VIVEM (E QUE VÃO VIVER)

COMO NASCE UMA NOVA GERAÇÃO?

O termo geração, de modo geral, se refere a um conjunto de pessoas nascidas em determinada época. Por viverem num mesmo contexto cultural, social e econômico, tendem a compartilhar muitas características em comum. Por isso, de tempos em tempos nasce uma nova geração, com um novo comportamento e uma forma de enxergar o mundo. O uso de tecnologias e da relação entre elas e os usuários não fica para trás e faz parte desse processo analítico que transforma a maneira de viver das pessoas.

Quem nasceu entre 1940 e 1960, por exemplo, pertence à chamada geração baby boomer. Nascidos após a Segunda Guerra Mundial, na vida adulta foram os primeiros a crescer em contato com a televisão tendo no veículo a fonte principal para se informar. Para eles, o processo de ensino-aprendizagem precisa ter um raciocínio mais linear, com começo, meio e fim.

Já para os nascidos entre 1960 a 1980, a geração X, ficou marcada pelos questionamentos dos costumes e viu nascer os primeiros computadores. Por isso, passam a priorizar formatos híbridos, valorizando a flexibilidade e a aprendizagem colaborativa.

Depois disso e até 1995, vem os chamados millennials, ou geração y, que acompanharam o boom tecnológico e a expansão da internet. Justamente por estarem mais integrados e familiarizados com os dispositivos móveis, estão acostumados com um grande fluxo de informações, sendo multitarefas preferem aprender de maneira mais informal.

Nascidos entre 1996 e 2010 temos a geração z, conhecidos como nativos digitais. Conectados, consomem informação principalmente via smartphones e preferem conteúdos em vídeos curtos, fotos e jogos interativos, aprendem de múltiplas maneiras, são multifocais e convergem em diferentes plataformas e apresentam raciocínio não-linear.

A partir de 2010 temos a geração alpha, a primeira 100% conectada. Formada pelos filhos dos millennials, eles pertencem a um mundo tecnológico e conectado desde os primeiros meses de vida. “Para eles, o digital e a “vida real” são uma única coisa. Com isso, as formas de se relacionar, aprender e experimentar são totalmente novas.

Primeira geração a nascer 100% conectada, alphas exigem novas habilidades dos pais e das escolas no processo de aprendizagem.

Os alphas têm na tecnologia uma extensão de sua forma de conhecer o mundo e por estarem constantemente expostos a animações, aplicativos e jogos interativos, dificilmente se adaptam ao modo tradicional de ensino. A tecnologia na educação, portanto, passa a ser fundamental. Mais independentes e com um potencial maior de resolver problemas que seus pais e avós, eles apresentam uma forma de aprendizado mais horizontal e preferem ensino personalizado. Apesar do grande contato com tecnologia, preferem a educação híbrida que possam aplicar em situações do cotidiano.

EDUCAÇÃO A PARTIR DAS TRANSFORMAÇÕES TECNOLÓGICAS E DO DESENVOLVIMENTO DA GERAÇÃO ALPHA

Toda essa tecnologia que cerca os nascidos na geração alpha acaba influenciando diretamente no desenvolvimento deles. Seja para brincar ou escolher o que assistir no computador, tudo é motivo para interagir, inventar e conectar sempre.

“Outra característica dessa geração é que as crianças têm pais mais experientes, geralmente são filhos únicos e suas unidades familiares menores. A rotina corrida faz com que cada momento juntos seja mais bem aproveitado, e com isso as relações entre pais e filhos acabam se fortalecendo. Na verdade, os alfas dão muito mais valor às experiências do que a objetos e bens materiais”, explica Alvaro Cruz, vice-presidente do Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação.

DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PARA GERAÇÃO ALPHA

Como preparar o filho para esse mundo novo é uma pergunta que sempre ronda a cabeça dos pais e dos educadores. “É um grande desafio educar uma geração em que a transformação acontece a todo momento”, acrescenta.

Levando em conta que a geração alpha aprende fazendo, uma boa dica é oferecer aos alunos ambientes que estimulem esse tipo de aprendizagem. “Incentivá-los ao pensamento crítico e a resolver problemas, para que consigam compreender e transformar uma realidade complexa é um excelente caminho”, sugere.

O que não pode faltar é a compreensão de que essa geração vai conviver com tecnologias cada vez mais avançadas de inteligência artificial. “Numa época de poucas conexões fora das telas, gerar vínculo afetivo é fundamental para o desenvolvimento emocional das crianças. Por isso, separar um tempo em família, seja para brincar ou fazer algo junto, é o desafio para os pais que precisa ser considerado também por educadores”, alerta.

A TECNOLOGIA E A VIABILIDADE DA EDUCAÇÃO NA PANDEMIA

O QUE ESPERAR DAS PRÓXIMAS GERAÇÕES?

Com a pandemia de covid-19, o mundo deve acompanhar o nascimento de uma nova geração, a geração p (p de pandemia). São crianças nascidas ou que viveram a infância em isolamento social e, por isso, tiveram que experimentar um aprendizado altamente tecnológico e remoto. As crianças dessa geração vão demandar um ensino muito interativo, prático, mão na massa, com metodologias ativas e presença indispensável da tecnologia.

As gerações mudam cada vez num espaço menor de tempo e essas mudanças exigem das escolas transformações na mesma velocidade.

 

“As crianças estão vivendo um modelo de escola muito diferente do que nós vivemos e ele vai acelerar tendências, apresentar possibilidades e trazer uma nova forma de olhar que transformará não só essa geração, mas a sociedade que será modificada por ela”, finaliza.

22/07/2021

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