Em um mundo cada vez mais complexo e conectado, as escolas enfrentam desafios significativos na gestão de conflitos e bullying entre alunos. Esses problemas não apenas afetam a saúde mental nas escolas e o bem-estar dos estudantes, mas também podem ter impactos duradouros em suas vidas acadêmicas e pessoais.
De acordo com a UNESCO as pesquisas sobre bullying utilizam abordagens e definições distintas, o que resulta em estimativas variadas sobre a prevalência do problema.
No entanto, apesar dessas diferenças, os dados disponíveis convergem para uma conclusão clara: o bullying é um fenômeno comum em todos os países e atinge um número significativo de crianças e adolescentes, com estimativas indicando que até 30% dos estudantes em todo o mundo podem ser afetados por esse comportamento.
Isso sugere que o bullying é um problema global que requer atenção e ação coordenada para mitigar seus efeitos negativos sobre as vítimas.
Neste artigo, vamos explorar as causas e consequências do bullying, bem como apresentar soluções práticas, metodologias e tecnologias que podem ajudar a prevenir e combater esse problema. Vamos descobrir como podemos trabalhar juntos para criar um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos.
O papel da escola na mediação escolar de conflitos
Por meio do estudo Violência escolar e bullying: relatório sobre a situação mundial, a UNESCO afirma que “nenhum país será capaz de atingir uma educação inclusiva e de qualidade se os estudantes estiverem expostos à violência na escola”
Isso é preocupante, uma vez que de acordo com dados recentes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), publicados na Revista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), houve um aumento alarmante de mais de 250% na violência interpessoal em escolas entre 2013 e 2023.
Essa violência inclui discriminação e hostilidades entre alunos e professores, o que é um indicador alarmante sobre o ambiente escolar no país. Esses números destacam a necessidade de ações eficazes para prevenir e combater a violência nas escolas e promover um ambiente mais seguro e respeitoso para todos.
Assim, promover saúde mental é fundamental para criar um ambiente escolar acolhedor e a escola deve trabalhar para prevenir o bullying e outros problemas dessa ordem, oferecendo apoio e recursos para os alunos que precisam.
A escola deve atuar como mediadora neutra, promovendo espaços seguros e políticas claras de convivência. Isso inclui estabelecer normas e escutar os alunos, criando um ambiente onde eles se sintam confortáveis em expressar suas preocupações e necessidades.
Além disso, a escola deve ter políticas anti-bullying eficazes e implementar programas de mediação de conflitos que envolvam professores e estudantes.
Como implementar programas de mediação de conflitos?
É importante lembrar que A Lei nº 13.185, que entrou em vigor em 2016, define o bullying como uma forma de intimidação sistemática que envolve violência física ou psicológica, caracterizada por atos de humilhação, discriminação, agressões físicas, insultos, ameaças, comentários maliciosos e apelidos pejorativos, entre outros comportamentos prejudiciais.
Essa classificação visa esclarecer e combater as diversas formas de bullying que podem afetar a vida de estudantes e outros membros da comunidade escolar.
Além disso, Ministério da Educação e Cultura (MEC) também tem trabalhado ativamente para combater o bullying, implementando iniciativas como o Pacto Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade, da Cultura da Paz e dos Direitos Humanos.
Faz parte desse trabalho a escolha do dia 7 de abril como o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência nas Escolas, uma data importante para refletir e agir contra essa prática prejudicial, de modo a promover a mediação escolar.
E é justamente a mediação escolar, uma ferramenta poderosa para resolver conflitos e promover a convivência harmoniosa entre os alunos. É possível adotar algumas estratégias nas escolas para ajudar a gerenciar disputas e melhorar as relações entre os estudantes, como:
- Rodas de conversa: onde os alunos podem discutir seus problemas e preocupações de forma aberta e respeitosa;
- Círculo restaurativo: um processo que ajuda os alunos a refletir sobre seus comportamentos e a encontrar soluções para os problemas;
- Treinamento de mediadores internos: onde os próprios alunos são treinados para atuar como mediadores em conflitos;
- Políticas anti-bullying: que estabelecem consequências claras para o bullying e oferecem apoio aos alunos que são vítimas.

A importância da educação socioemocional para prevenir o bullying
Outra questão preocupante é o aumento do cyberbullying nas escolas. Esse aumento está diretamente relacionado ao crescimento acelerado do acesso à internet e às novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) entre as crianças.
Com o avanço da tecnologia e a maior acessibilidade à internet, mais jovens estão se conectando online, o que pode aumentar o risco de exposição a comportamentos negativos, como o cyberbullying.
De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2024, da grande maioria das crianças e adolescentes brasileiros que usam a internet, cerca de 83%, têm presença em plataformas populares como WhatsApp, Instagram, TikTok e YouTube.
Além disso, a pesquisa revelou que 60% das crianças entre 9 e 10 anos que estão online possuem conta em pelo menos uma rede social, apesar de a maioria dessas plataformas ter uma política de idade mínima de 13 anos para os usuários.
Isso sugere que muitas crianças estão acessando essas plataformas antes da idade permitida, o que pode ter implicações importantes para a segurança e o bem-estar dessas crianças.
No Brasil, a proposta de lei nº 2.628/2022, que ainda está em tramitação, visa proteger crianças e adolescentes em ambientes digitais no Brasil, estabelecendo diretrizes para plataformas digitais e monitoramento parental.
Nesse contexto, a educação socioemocional é uma ferramenta poderosa para prevenir o bullying e o cyberbullying e promover a saúde mental dos alunos.
Ao desenvolver habilidades como empatia, autocontrole e resolução de problemas, os estudantes podem aprender a lidar com situações difíceis de forma mais eficaz. Isso pode ser alcançado por meio de atividades práticas e envolventes, como aulas de educação socioemocional, que ensinam os alunos a gerenciar seus sentimentos e comportamentos de forma consciente e responsável.
Além disso, dinâmicas de grupo podem ser utilizadas para promover a colaboração e a comunicação entre os alunos, ajudando a construir relacionamentos respeitosos.
Essas atividades podem incluir jogos cooperativos, discussões em grupo e projetos em equipe, que incentivam os estudantes a trabalhar juntos e a se apoiarem mutuamente.
Ao investir na educação socioemocional, as escolas podem criar um ambiente mais positivo e acolhedor, onde os alunos se sintam seguros e apoiados para crescer e se desenvolver. Isso pode ter um impacto duradouro na vida dos estudantes, ajudando a prevenir problemas de saúde mental e a promover relacionamentos saudáveis ao longo da vida.
Atividades Socioemocionais
A educação socioemocional como prevenção primária pode ter benefícios significativos para os alunos. Alguns estudos mostram que os programas de educação socioemocional podem reduzir os conflitos e melhorar a convivência escolar.
O programa educacional Pense+ trabalha o Pensamento Computacional e a Resolução de Problemas Reais, com o uso da metodologia STEAM, ao mesmo tempo que trabalha as competências socioemocionais com muito trabalho em equipe, empatia, liderança, comunicação e inteligência emocional.
Com atividades práticas e divertidas, os alunos podem aprender a gerenciar seus sentimentos e comportamentos, reduzindo conflitos e promovendo a convivência colaborativa
Entre em contato com um dos consultores do Educacional para levar essa ferramenta para a sua escola!
Apoio ao processo educacional e acompanhamento
Os docentes desempenham um papel fundamental em identificar e apoiar alunos com dificuldades comportamentais. Ao observar e registrar esses comportamentos, eles podem identificar sinais de alerta precoce e desenvolver intervenções personalizadas para atender às necessidades específicas de cada aluno.
Isso pode incluir o acompanhamento individualizado, relatórios detalhados e a implementação de planos de ação para ajudar os alunos a gerenciar seus comportamentos e alcançar seus objetivos.
Além disso, os docentes podem trabalhar em estreita colaboração com outros profissionais, como psicólogos escolares, para garantir que os alunos recebam o apoio necessário para superar desafios.
Os conflitos entre alunos podem ter um impacto significativo no desempenho escolar, afetando não só o bem-estar emocional e social dos estudantes, mas também a aprendizagem.
Quando os alunos estão envolvidos em conflitos, podem se sentir ansiosos, estressados e desmotivados, o que pode levar a uma queda no rendimento acadêmico.
Além disso, os conflitos podem criar um ambiente escolar hostil e desagradável, tornando mais difícil para os estudantes se concentrarem e aprenderem. Isso pode resultar em notas mais baixas, falta de interesse em atividades escolares e até mesmo em evasão escolar.
Portanto, é papel da escola desenvolver estratégias eficazes para prevenir e resolver conflitos entre alunos, criando um ambiente escolar mais pacífico e propício ao aprendizado.
Para promover o apoio pedagógico, as escolas podem contar com o Aprimora, uma plataforma adaptativa e gamificada, que oferece uma abordagem personalizada de ensino que se adapta ao ritmo e nível de aprendizagem de cada estudante em Língua Portuguesa e Matemática.
Com diagnósticos em tempo real, identifica lacunas de aprendizagem e potencialidades para criar experiências de aprendizado envolventes e divertidas. A plataforma motiva os estudantes com desafios, metas e prêmios, enquanto fornece aos educadores relatórios detalhados para tomar decisões informadas e melhorar o desempenho dos alunos.

Fortaleça a função social da escola com tecnologia educacional
Quer transformar a convivência escolar e prevenir conflitos com apoio pedagógico e tecnológico? Conte com o Educacional para fortalecer a mediação escolar e a educação socioemocional na sua instituição.
Com a tecnologia educacional certa, é possível criar um ambiente escolar onde os alunos possam se desenvolver de forma integral. Não perca a oportunidade de transformar a convivência escolar e prevenir conflitos com apoio pedagógico e tecnológico.
Fale com um consultor e descubra como nossas soluções podem ajudar a sua escola a criar um ambiente mais seguro e saudável para os alunos.
Você precisa fazer login para comentar.