A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada em 2017, estipulando premissas para todo o ensino básico do país. Em seu texto, a base objetiva um ensino igualitário e com maior qualidade para as crianças e jovens brasileiros, desafiando às instituições a se alinharem a nova norma até o início de 2020.
A BNCC oferece um novo conceito de aprendizado e uma nova abordagem de ensino, ao propor um currículo por competências, que regulamentam as aprendizagens essenciais para o desenvolvimento dos alunos, para que sua formação contribua para a transformação da sociedade, tornando-a mais justa.
Para nortear essa nova proposta, foram estabelecidas 10 competências que as escolas precisam abranger dentro de seus currículos, que englobam habilidades do século XXI, como o pensamento criativo, raciocínio lógico e a solução colaborativa de problemas. Tais competências perpassam todo o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, além de integrarem as dimensões cognitivas, socioemocionais e procedimentais, bem como os valores que os alunos adquirem na jornada de aprendizagem.
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.
Partindo dessa premissa, vemos que a própria base reforça que a educação não é mais passiva, onde os alunos apenas absorvem o conhecimento transmitidos pelos professores, mas sim, passam a ser protagonistas do aprendizado, com uma participação ativa, que gera reflexão e uma verdadeira vivência do conhecimento construído, tonando o ensino mais dinâmico.
Esse novo olhar incentiva a modernização, o uso da tecnologia e das metodologias ativas de ensino. Mas, como sua escola pode alinhar o plano pedagógico às competências da BNCC ao mesmo tempo em que garante experiências dinâmicas aos alunos? Acompanhe este artigo e descubra!
Como alinhar seu plano pedagógico à BNCC
As competências da BNCC, além de normatizarem o ensino, têm como objetivo preparar os alunos para construírem uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, foram construídas com base nas necessidades do agora e do futuro, considerando a realidade dessas crianças e jovens.
Quando pensamos no mundo atual, não podemos deixar de pensar na tecnologia, nos avanços que ela ocasionou e em como já faz parte do nosso cotidiano, de forma intrínseca. Dessa maneira, é importante a considerarmos dentro das competências da BNCC.
A quarta e quinta competências falam sobre a tecnologia:
“4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.”
“5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”
Por consequência, alinham seu discurso ao da educação 4.0. Uma aprendizagem que incentiva o ensino com significado, ou seja, o que se aprende na escola passa a fazer sentido com a realidade do estudante. Além disso, os alunos passam a serem mais questionadores e reflexivos, se perguntando o porquê e o como.
Duas estratégias didáticas que colaboram com o desenvolvimento das competências citadas acima seriam o ensino STEAM e a robótica educacional.
Robótica e STEAM para alinhar sua escola à BNCC
Quando se fala em robótica educacional, logo se imagina as crianças e jovens montando robôs. Mas, ela vai muito além disso. Enquanto montam e programam, os alunos desenvolvem o raciocínio lógico, analítico e crítico, sendo incentivados a pensarem de forma estruturada para buscar a resolução de problemas.
Além disso, as atividades realizadas impulsionam o trabalho colaborativo, a criatividade, a comunicação assertiva, a resiliência e o entendimento por parte dos alunos. Com maior domínio dos conteúdos, uma vez que os projetos são praticados e pensados de forma que todos possam apresentar soluções para as barreiras encontradas, os estudantes passam a ter melhor desempenho e aumentam sua participação nas atividades escolares.
Além disso, a robótica também trabalha com atividades diretamente ligadas ao ensino STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), uma vez que desenvolve habilidades de pesquisa científica, incentiva o trabalho mão na massa, a construção de experimentos, criação de hipóteses e analise de resultados.
Portanto, projetos de robótica levam assuntos da vida real e situações do cotidiano para dentro da escola, incentivando os alunos a resolverem diferentes situações-problema.
Desenvolver tantas competências importantes em seus alunos e que estão alinhadas ao texto da BNCC é essencial para uma aprendizagem completa. Você sabia que há uma forma de levar essa realidade para a sua escola de maneira acessível?
