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Geração Alpha: como garantir a aprendizagem dessas crianças

Tempo de leitura:4 minutos

Você já tentou colocar um celular ou um tablet na mão de um bebê de pouco mais de um ano? Não é regra, mas, muitas das vezes, é instintivo ele tentar deslizar a tela com os dedos. Chega a parecer que aquele pequeno dedo indicador foi programado para as telas sensíveis ao toque. Mas, isso não é para causar espanto. As crianças, da chamada geração Alpha, estão inseridas em meio à tecnologia desde o seu nascimento, portanto, para eles é mais do que natural essa interação com as telas.

Primeiro vamos frisar que pertencentes a uma geração não são todos iguais, porém, as pessoas que fazem parte de cada uma delas são nascidos em uma mesma época, influenciadas por determinados fatores históricos e, por isso, apresentam comportamentos e costumes semelhantes.

A geração Alpha é formada por crianças nascidas a partir de 2010. A estimativa é de que em 2025, haverá cerca 2,5 bilhões delas no mundo, o que faz dessa geração a maior da história da humanidade.

Diferente dos Millenials – nascidos entre 1980 e 1995 – e parte da geração Z – nascidos entre 1996 e 2009, os Alphas não precisaram se adaptar as mudanças tecnológicas. Isso porque, eles não conhecem o mundo sem a presença de tais inovações. Assim como comer, andar e falar, usar a tecnologia já é algo natural e intrínseco para essa geração.

Para eles, perguntas são respondidas quase que instantaneamente, a um toque de distância das ferramentas de pesquisa ou ao saná-las com as assistentes virtuais. As tendências tecnológicas e as mudanças que acontecem de forma rápida e exponencial formam essa geração que é ligada diretamente à essas transformações e ditam a forma com que interagem com o mundo. Por isso, a educação para eles e a maneira com que constroem o conhecimento é diferente das demais gerações.

Como as escolas devem se comportar com a geração Alpha

Como já citamos, para a primeira geração nascida totalmente no século XXI é irreal um mundo sem as telas de tablets e celulares, o que faz com que sejam hiperconectados. Conforme crescem e se desenvolvem, essas crianças tendem a ter um maior senso de independência, até pela facilidade com que conseguem resolver certas demandas frente às tecnologias, como baixar um jogo sozinhos, por exemplo, ou aprender algo novo, fazendo uma pesquisa.

Eles são curiosos, conectados, facilmente adaptáveis às novas tecnologias, que estão muito mais imersivas, e são incentivados a interagirem com as inovações. Por isso, a forma com que constroem o conhecimento está baseada em experiências, ou seja, eles aprendem fazendo, colocando a mão na massa.

A necessidade de mudança dentro das escolas não surgiu com essa geração. Talvez, com ela, essa transformação se tornou algo mais urgente. As crianças mudaram, e mudaram muito. Por isso, as escolas precisam propor uma aprendizagem com formato que seja adequado a elas, o que não quer dizer abandonar os cadernos, livros ou professores, mas sim, falar a língua delas.

Práticas como a Cultura Maker são valiosas para essa geração, já que tornam o ensino mais dinâmico, por meio de projetos, e com maior incentivo sensorial. Aprender fazendo permite que os alunos experimentem diferentes papéis, além de serem desafiados a pensarem em soluções para desafios do dia a dia. Com metodologias ativas, se tornam protagonistas no desenvolvimento do seu conhecimento, o que reforça o espírito autônomo da geração Alpha.

Outro fator importante para eles é a inclusão da tecnologia no processo de ensino. Além de gerar maior interesse por parte dos alunos, seu uso dentro das escolas aproxima a realidade dessas crianças ao que vivenciam no processo de aprendizagem, garantindo um ensino com base nos seus interesses.

Por um lado, a tecnologia auxilia positivamente no desenvolvimento da geração, com maior adesão ao novo e adaptabilidade ao mundo, incentivando-os a gerarem mudanças significativas na sociedade. Do outro, essa realidade tão conectada pode gerar dificuldade de concentração, ansiedade, menor tolerância à espera e frustração nas crianças.

É aqui que o papel da escola é ainda mais importante: aproveitar o que a tecnologia tem de melhor, para minimizar tais efeitos. Ao disponibilizar soluções educacionais que desenvolvam as habilidades socioemocionais, por meio do ensino interdisciplinar STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), por exemplo, as instituições propiciam um ambiente para o fortalecimento de competências como: comunicação, colaboração, criatividade, confiança e resiliência.

Além disso, por meio das soluções, é possível fortalecer o protagonismo dos alunos, onde passam a ser autores do conhecimento e o professor passa a ser um mediador dessa jornada, fazendo com que as crianças vivenciem e reflitam sobre o que estão aprendendo.

O fato é que cada geração precisa de uma atenção específica e, por isso, é importante que as escolas estejam atentas à essas necessidades para formar os cidadãos do presente e do futuro, apoiando-os da melhor forma possível na jornada de ensino-aprendizagem.

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