A todo momento geramos dados, seja ao acessar nossas redes sociais, sites, ao pesquisar na internet ou, até mesmo, quando falamos próximo aos nossos celulares. Graças à tecnologia, os algoritmos estão constantemente analisando nosso comportamento online e offline, por isso, influenciam o que fazemos e direcionam para o que fazer a seguir.
Nesse contexto, com tantos dados gerados todos os dias, surge a cultura Data-Driven, que poderia ser traduzida como a tomada de decisão baseada em dados. Com ela, é possível validar ou revogar determinada hipótese, pois, após um teste, dados são gerados e com a devida análise chegamos a conclusões.
Se analisarmos, o Data-Driven é eficiente em todas as situações, das mais cotidianas até as decisões de grandes companhias. No setor educacional não seria diferente, ao tornar os dados um grande aliado das instituições de ensino, se tende a gerar grandes e múltiplos benefícios.
Por que usar dados na educação?
Os dados são uma das ferramentas mais poderosas para informar, envolver e criar oportunidades para os alunos ao longo de sua jornada educacional – e são muito mais do que notas de testes. Eles nos ajudam a fazer conexões que levam a percepções e melhorias.
A ideia do ensino baseada em dados não é nova. Podemos considerar que é uma parte integrante de qualquer profissional da educação, professor ou gestor. É comum utilizarem a experiência pessoal, observação e intuição como ferramentas de análise dos alunos. Porém, não estamos falando sobre feeling aqui, apesar de ele ser bastante útil em sala de aula.
Se trata de um método que envolve a coleta e o processamento de dados em informações para diferentes setores da instituição, principalmente o acadêmico. Em suma, o Data-Driven Education tem como principal objetivo tratar esse universo de informações, traçar pontos úteis e essenciais para o ensino e, a partir de então, transformá-los em dados relevantes que auxiliem nas tomadas de decisão e na melhoria dos indicadores.
Existem 3 etapas fundamentais a serem aplicadas à cultura Data-Driven dentro do universo escolar:
Coleta de informações: se define os indicadores de acompanhamento. A coleta de informações será reunida e padronizada a partir deles, criando assim um banco de dados.
Análise de dados: separação das informações importantes das não tão relevantes. Observe padrões para descobrir o que motivou os resultados, aqui já é possível tirar algumas conclusões.
Ação: a partir dos resultados obtidos com a análise de dados, trace metas e coloque em prática os próximos objetivos, cujos resultados devem ser mensurados e avaliados, parametrizando ajustes e subsidiando demais ações no futuro.
Essas etapas garantem que os insights sejam precisos, ajudando os professores a personalizar a aprendizagem e os caminhos de cada aluno, afinal, quando se sabe como estão aprendendo, é possível projetar intervenções com base nos dados e observar o desenvolvimento do estudante de forma individualizada.
E como ficam os professores no meio de tanta informação?
Quando os professores usam dados para orientar suas decisões e planos, eles são capazes de responder aos desafios de forma mais eficaz, construir novos métodos de ensino e desenvolver conjuntos de habilidades mais rapidamente.
A partir da leitura de dados claros, organizados e acessíveis, educadores podem formular diagnósticos de suas turmas e de seus alunos individualmente, para, em seguida, manterem ou reconstruírem as trajetórias pedagógicas previamente propostas.
Muitas das soluções tecnológicas disponíveis no mercado geram dados de uso, entretanto, geralmente uma instituição de ensino utiliza mais de uma tecnologia educacional e fazer o cruzamento de dados entre as soluções pode tornar-se mais uma tarefa para o professor, quando deveriam facilitar a sua rotina.
Além disso, para um ensino que faça sentido para o aluno, o uso dessas tecnologias deve ser integrado, fazendo com que o caminho de aprendizado do estudante seja desenvolvido de forma eficaz, clara e engajadora.