O Brasil tem mais de 1,25 milhão de estudantes com necessidades especiais e as soluções educacionais ajudam a promover o desenvolvimento social, motor e cognitivo dos alunos
Há quase oito meses os alunos precisaram parar de frequentar a escola presencialmente e passaram por grandes adaptações. Os desafios para a educação 100% remota foram desde a preparação dos professores, passaram pela falta de acesso à internet, até manter o engajamento dos alunos.
Entretanto, para quem atua na educação especial, as dificuldades foram potencializadas, afinal, além dos obstáculos mencionados, ainda é preciso considerar que mesmo que possuam a mesma deficiência os alunos são diferentes entre si.
“Nós atendemos crianças, adolescentes e jovens com deficiência intelectual e outras várias deficiências. Nossos alunos têm dificuldades de aprendizagem necessitando de adaptação curricular, portanto oferecer esse suporte de forma personalizada é de fato o maior empecilho desse período”, conta Juliana Oliveira da Silva Batista, professora da Associação Renascer.

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A instituição que atende 40 alunos com deficiência também precisou se adaptar rapidamente para manter o desenvolvimento dos estudantes mesmo em casa. “Temos desenvolvido o trabalho remoto por meio de videoaulas e videochamadas explicativas e com atendimento personalizado”, explica.
“Preparar um planejamento que atenda as necessidades reais dos alunos e assim atendermos as expectativas dos pais e responsáveis em relação à aprendizagem de cada um, tem exigido bastante do corpo docente”
Juliana reforça que a distância aumenta a dificuldade de explorar a socialização e a falta de materiais adaptados nas casas também torna o desenvolvimento das habilidades motora e cognitivas um dificultador.
Mas, assim como a Associação Renascer, outras instituições que atendem a educação especial, têm buscado na tecnologia o apoio para preparar a retomada das atividades presenciais, recuperando o tempo fora das salas de aula de forma segura.
“Temos realizado reuniões periódicas de HTPC para discutir o planejamento, metodologias, estratégias e atividades diversificadas”, completa.
Uma das soluções que já era utilizada pela instituição e que ganha força para quando as aulas voltarem é a Mesa Educacional. “Antes da pandemia utilizamos a Mesa com grupos de três alunos e, em alguns momentos, individuais. Nela desenvolvíamos atividades de reforço escolar, após uma avaliação diagnóstica para desenvolver o aprendizado certeiro de acordo com o que o aluno necessitava”, destaca.
EM TEMPOS DE ISOLAMENTO SOCIAL, COMO FICA A ALFABETIZAÇÃO DAS CRIANÇAS?
Para a professora, a Mesa Educacional irá potencializar a retomada da educação especial verdadeiramente inclusiva. “A Mesa vem em encontro com o que os nossos alunos necessitam, pois ela desenvolve, dentre outras, as habilidades motoras, o que é de extrema importância para o comprometimento dos alunos, sem deixar de desenvolver o cognitivo”, completa.
Os pontos fortes da Mesa Educacional para a educação especial, segundo Juliana, ficam por conta da regulagem de altura – favorável para atendimento dos alunos cadeirantes -, as atividades sonoras eficazes para alunos com aparelhos auditivos e adaptação sonora de alunos autistas. “Além é claro dos blocos que ajudam nossos alunos com a dificuldade motora. E não posso deixar de mencionar as atividades lúdicas fundamentais para desenvolver um trabalho atrativo na aprendizagem onde obtivemos bastante evolução dos alunos”, finaliza.
A MESA EDUCACIONAL
Desenvolvida para promover a alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, Matemática, além do bilinguismo em Inglês e Espanhol, a Mesa Educacional é uma solução tecnológica que une vários elementos como hardware, software, material concreto e realidade aumentada.
Totalmente adaptada para a educação inclusiva, a Mesa Educacional oferece recursos de acessibilidade, como blocos com letras e etiquetas em Braille, datilologia, sintetizador de voz, animações em Libras, regulagem de altura e recurso de lupa.
03/11/2020