Sabemos que o mundo vem se transformado rapidamente num espaço cada vez menor de tempo e que tantas mudanças têm exigido novos profissionais, que precisam desenvolver diferentes competências e habilidades, boa parte delas relacionadas as tecnologias em que estamos imersos.
O fato é que nos próximos 20 anos, cerca de 150 profissões têm mais de 90% de chance de serem extintas e quem não for substituído por um robô, irá trabalhar com um. Outro dado que os estudos apontam e que precisam ser considerados é que 85% das profissões que existirão em 2030 ainda não foram criadas e muitas delas estarão relacionadas às novas tecnologias. Portanto, as tecnologias já são o presente e, num futuro muito próximo, elas serão também essenciais. Por este motivo, jovens que estão inseridos numa realidade educacional distante destas tecnologias ficam à margem de melhores oportunidades profissionais.
Diante desse cenário é que a UNESCO, agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU), aposta na educação STEM (acrônimo inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) como propulsor para desempenhar nessa transformação.
Acontece que para uma parcela muito grande de estudantes se preparar para esse novo mundo não é uma realidade possível por uma série de fatores, mas, principalmente, porque os sistemas públicos de ensino, quase sempre, não dispõem das ferramentas e dos profissionais necessários para preparar os alunos para o mercado de trabalho.
A falta de oportunidades somada aos desafios do cotidiano das crianças e jovens em vulnerabilidade social leva, de modo geral, estes alunos a subempregos reforçando o ciclo de pobreza em que estão inseridos.
Por isso, quando falamos na transformação de qualquer sociedade, isso passa obrigatoriamente por uma educação de qualidade inclusiva, acessível para todos. É com essa convicção que neste ano, mesmo diante de um cenário pandêmico, o Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação, por meio das soluções Inventura e micro:bit, estabeleceram uma parceria com o Instituto Incanto para incentivar os jovens carentes atendidos pela instituição, em especial as meninas, a aprenderem programação, potencializando assim a educação em STEM.
A entrega gratuita de placas programáveis micro:bit quer oportunizar as 200 crianças e adolescentes que vivem à margem da sociedade uma chance de romper a condição em que se encontram por meio da programação. Junto com a entrega uma aula inaugural com a professora voluntária do instituto foi realizada por uma turma exclusivamente feminina e o resultado foi surpreendente: todas conseguiram finalizar a atividade proposta, o que reforça uma máxima na qual acreditamos – todos (e todas) podem aprender, todos (e todas) podem programar, é preciso apenas uma chance.
A partir de agora, esses jovens terão na área de novas tecnologias, o apoio da micro:bit para colocar em prática seus projetos, realizaram seus sonhos e fazerem dessa oportunidade um caminho para uma sociedade mais justo para todos.
Assista o vídeo da iniciativa:
micro:bit e Inventura: todos podem programar!