A área da educação, assim como qualquer outra, enfrenta vários desafios e gargalos (formação deficiente dos professores, dificuldades de aprendizagem dos estudantes, comunicação falha entre pais, alunos e escola, etc). No entanto, muitos desses problemas já possuem soluções disponíveis no mercado que foram desenvolvidas por edtechs.
Se você é gestor escolar, já deve ter ouvido falar desse termo. Mas neste artigo, você poderá entender melhor o que ele significa, conhecer os principais tipos de edtechs e descobrir como selecionar as melhores soluções para sua escola. Vamos lá?
Sumário:
- O que é edtech?
- Qual é o número de edtechs no Brasil?
- Quais são os tipos de edtechs?
- Por que a educação precisa de uma mudança?
- É o fim das escolas físicas?
- Como escolher as melhores edtechs para minha escola?
O que é edtech?
As edtechs são startups do ramo educacional, com o objetivo de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e significativo. O termo edtech é derivado da junção de duas palavras inglesas: education e technology.
Assim como as fintechs, healthtechs e agrotechs, essas pequenas empresas utilizam a tecnologia como ferramenta central para resolução de problemas.
Além disso, por natureza, elas possuem uma estrutura enxuta para crescer de forma escalável e acelerada e atuam em condições de extrema incerteza, já que oferecem produtos e serviços inovadores.
No caso das edtechs, a pandemia da Covid-19 e a suspensão das aulas presenciais motivaram a explosão de soluções tecnológicas em todo o mundo, na necessidade de dar continuidade, de alguma forma, ao processo educacional.
No Brasil, o cenário não foi diferente. O número de edtechs no país passou de 364, em 2018, para 449, em 2019, segundo o Mapeamento Edtech, realizado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) e o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB).
Qual é o número de edtechs no Brasil?
Segundo o Mapeamento Edtech 2022, há 813 edtechs ativas no Brasil.
Em relação a 2020, esse número cresceu 44%, o que mostra o amadurecimento desse setor e o reconhecimento, por parte dos gestores escolares, da importância da tecnologia na educação.
Quais são os tipos de edtechs?
Existem vários tipos de edtechs no Brasil e no mundo, focadas na Educação Infantil, Educação Básica ou Ensino Superior. Há também aquelas dedicadas a cursos livres, ou seja, de educação não formal.
O Ecossistema de Tecnologia e Inovação Educacional trabalha exclusivamente com edtechs destinadas à Educação Básica e Educação Infantil.
Em relação aos produtos e serviços que oferecem, a maioria das edtechs comercializam plataformas (52%) e conteúdos (29%). A minoria vende ferramentas (17%) e hardwares (2%), segundo o Mapeamento Edtech 2022.
Outra forma de classificar as startups da educação é por especialidade do produto, como fizeram a Edtech Report 2019 e o Mapeamento Edtech 2018. Nesse caso, teríamos edtechs de:
- gestão escolar;
- educação inclusiva;
- financiamento estudantil;
- coaching e planejamento de carreira;
- gamificação;
- simulados e avaliações;
- realidade virtual e aumentada;
- planejamento de aulas;
- plataforma de vídeos;
- gestão de turmas;
- produção de conteúdo;
- hardware e dispositivos;
- ferramentas maker;
- ferramentas de comunicação;
- ensino adaptativo;
- distribuição e venda de conteúdo;
- desenvolvimento de habilidades;
- preparação para vestibular;
- análises e relatórios escolares;
- coleta de dados e processos;
- monitoramento de informações.
O Educacional trabalha com várias dessas edtechs e desenvolveu, ainda, algumas soluções próprias, como o Aprimora, Pense +, Mesa Educacional, Tivy e Inventura.
Por que a educação precisa de uma mudança?
O desejo pela mudança está no DNA das startups. Da mesma forma, as edtechs têm o objetivo comum de não só melhorar a qualidade de ensino, mas causar uma verdadeira transformação na educação.
Neste contexto, vale a pena perguntar: será que a educação precisa mesmo de uma mudança? E a resposta é: sim. Se a sociedade e a cultura mudam, as metodologias de ensino também precisam se adaptar, para não correrem o risco de perder a relevância e eficácia.
Na verdade, se pararmos para pensar, a educação sempre esteve em transformação. Basta lembrar das escolas do século XIX, em que a memorização de conteúdo era a principal estratégia de aprendizagem, as disciplinas eram bem delimitadas e o professor era a figura mais importante.
As crianças se sentavam em bancos-carteiras e dispunham, quanto muito, de papel, lápis, livros, régua e pedra (lousa negra).
Dois séculos depois, os estudantes têm acesso não apenas a vários livros e materiais didáticos físicos, como também videoaulas, podcasts, plataformas, equipamentos de robótica e placas de programação.
Além dos recursos, as metodologias de ensino mudaram, colocando o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem, em seu papel de protagonista. As metodologias ativas entraram em cena e o papel do professor foi ressignificado.
Todas essas mudanças continuam acontecendo e as escolas que não se adaptarem deixarão de existir! Por isso, as instituições não podem ignorar as novas tecnologias educacionais, promovidas pelas edtechs.
A cultura digital é um caminho sem volta e o mercado de trabalho está demandando habilidades pouco trabalhadas nas escolas, até pouco tempo atrás, como pensamento computacional, uso de Inteligência Artificial e inteligência emocional.

É o fim das escolas físicas?
Por mais que o processo de aprendizagem do estudante esteja cada vez mais assíncrono, personalizado e livre dos limites territoriais da escola, é pouco provável que o espaço escolar perca sua importância.
Afinal, a escola é um espaço sociocultural, onde as crianças e os adolescentes aprendem a conviver, respeitar as diferenças e desenvolver habilidades emocionais. É também lugar de construir vínculos com os professores, que são essenciais para o processo pedagógico.
Ao invés de substituírem as escolas físicas, as edtechs prometem fortalecer as instituições educacionais, por meio da reinvenção do modelo escolar e da apropriação das novas tecnologias.
Como escolher as melhores edtechs para minha escola?
Como mencionamos anteriormente, existem mais de 800 edtechs no Brasil em diferentes frentes da educação. Para um gestor escolar, é quase impossível parar as atividades diárias para conhecer cada uma das tecnologias educacionais existentes, antes de decidir quais adotar na instituição.
Mesmo quando há clareza de quais soluções a escola precisa, implantar diferentes tecnologias de forma isolada pode confundir os professores e estudantes, em um emaranhado de contas e senhas.
É por isso que o Ecossistema de Tecnologia e Inovação Educacional criou a Suíte Educacional. Com um só login e senha, sua escola tem acesso integrado a diferentes aplicativos e programas, todos reunidos na mesma plataforma educacional.
E a melhor parte é que a Suíte Educacional é flexível e personalizável. Ou seja, mesmo que as necessidades da sua instituição mudem e você queira trocar de tecnologia educacional, não será preciso encerrar e firmar novos contratos.
A Suíte Educacional é uma plataforma digital que facilita o dia a dia das escolas inovadoras e acompanha o ritmo acelerado das transformações educacionais. Conheça melhor a Suíte Educacional!