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Construtivismo: entenda a teoria de Piaget e suas aplicações em sala de aula

O conhecimento não é inato nem é transmitido, mas é construído pelo estudante como resultado de sua interação com o ambiente físico e social.

Tempo de leitura:7 minutos

Foto de estudantes fazendo atividade com cartolina, construindo seus conhecimentos

Muitos educadores conhecem os kits da LEGO® Education. Mas você sabia que o método por trás desse recurso pedagógico foi formulado por Jean Piaget? Sim, estamos falando do construtivismo, teoria educacional do século XX.

Neste artigo, o Educacional vai explicar as principais ideias dessa teoria e suas aplicações práticas em sala de aula. Vamos lá?

Antes de prosseguir, não deixe de baixar nosso e-book para gestores: Como Implantar Tecnologias Educacionais na Escola. O material é gratuito! 

O que é o construtivismo de Jean Piaget?

O construtivismo é uma teoria desenvolvida pelo psicólogo Jean Piaget, que defende que o conhecimento não é inato nem é transmitido, mas é construído pelo sujeito como resultado de sua interação com o ambiente físico e social.

Essa concepção enxerga o estudante como um agente ativo e não como um ser passivo no processo de aprendizagem. 

Antes de entrar em contato com o novo objeto de conhecimento, o aluno já possui uma estrutura prévia de pensamento, que pode ou não ser alterada posteriormente.

Em outras palavras, o conhecimento não é algo que já existe pronto e acabado. Ele é construído pelo indivíduo ao longo de suas experiências e interações com o mundo.

Assimilação e acomodação

Na teoria construtivista, o processo de alteração da estrutura cognitiva à luz das novas experiências se chama equilibração. Ele é o resultado de dois mecanismos: assimilação e acomodação

A assimilação acontece quando a criança tenta lidar com novas informações baseando-se em conhecimentos preexistentes. 

Quanto a assimilação não é suficiente para resolver a questão, ocorre a acomodação. Ou seja, o indivíduo é desafiado a modificar seu esquema de pensamento, adaptando-o à nova situação.

Por exemplo: um bebê, para aprender a andar, usa seus conhecimentos motores prévios (engatinhar, rolar e se sentar), mas eles não são suficientes para se locomover a pé. 

Ele precisa adaptar seus movimentos, aprender a manter o equilíbrio e desenvolver força muscular para se sustentar em pé. Essa mudança é um exemplo de equilibração, após a assimilação e a acomodação.

Fases do desenvolvimento

Para Jean Piaget, o desenvolvimento cognitivo é dividido em quatro estágios:

  1. Sensório-motor (0 a 2 anos): foco nas sensações, nos movimentos e nos reflexos básicos. Não há ainda representações mentais.
  2. Pré-operatório (2 a 7 anos): marcado pelo desenvolvimento da capacidade de pensar simbolicamente. Nesta fase, a criança começa a usar a linguagem e os símbolos, mas ainda não consegue pensar de forma lógica e abstrata. Também tem pensamentos egocêntricos e animistas.
  3. Operatório concreto (7 a 11 anos): avanço do raciocínio lógico e concreto. A criança também passa a ver o mundo sob uma perspectiva menos egocêntrica e mais social.
  4. Operatório formal (a partir de 11 anos): desenvolvimento do pensamento abstrato e hipotético, permitindo o adolescente criar suas hipóteses e realizar pesquisas.

Qual é o papel do professor no construtivismo?

Na educação construtivista, o papel do professor é de mediador, um facilitador da construção do conhecimento. 

O docente deve valorizar os questionamentos e as visões de mundo dos estudantes, respeitando suas fases de desenvolvimento. Também precisa incentivá-los a investigar as respostas por si mesmos .

A escola construtivista enxerga o estudante como um agente ativo no processo de ensino-aprendizagem. 

Nela, o professor cria situações desafiadoras para o aluno, em contextos que façam sentido para ele, a fim de estimular o pensamento crítico, a experiência, a pesquisa e o debate.

Essa postura é totalmente diferente da atuação do professor tradicional, o qual transmite o conteúdo “oficial” para os alunos, recompensa as respostas certas e pune as respostas erradas.  

“O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir.”

Jean Piaget

Como aplicar o construtivismo em sala de aula?

Procurando alguns exemplos práticos? Confira abaixo quatro formas de colocar o construtivismo em prática na sua escola:

1. Projeto maker

Um projeto maker é um projeto interdisciplinar que dá aos alunos a oportunidade de aprenderem na prática, “colocando a mão na massa”.

Esse tipo de projeto está profundamente conectado com a teoria do construtivismo, porque promove a experimentação, o protagonismo e a interação com o ambiente.

Nele, os estudantes criam, consertam e modificam objetos, aplicando conhecimentos curriculares, como Matemática e Artes, e até extracurriculares, como robótica, programação, marcenaria e costura.

Esse tipo de projeto favorece:

  • a criatividade;
  • a autonomia;
  • o trabalho em equipe;
  • a resolução de problemas;
  • a interdisciplinaridade;
  • a gestão do tempo;
  • o desenvolvimento do foco e da resiliência;
  • e o manuseio de tecnologias digitais. 

Um exemplo de projeto maker é a solução Gomaker. O Gomaker é o ecossistema completo da LEGO® Education desenvolvido pelo Educacional para facilitar a implantação da cultura maker nas escolas. 

O projeto inclui:

  • conjuntos LEGO® Education;
  • orientação pedagógica;
  • formação para os professores com certificado internacional da  LEGO® Education Academy;
  • atividades complementares para os alunos em plataforma digital;
  • acompanhamento contínuo da escola;
  • e projeto arquitetônico para a sala maker.

2. Debate temático

Ao debater um tema, os alunos são desafiados a pensar criticamente, formular argumentos e defender suas ideias. Tudo isso contribui para a construção ativa do conhecimento em interação com os colegas.

No debate, os alunos assumem um papel ativo na aprendizagem, deixando de ser meros receptores de informação.

Eles se tornam protagonistas do processo, fazendo perguntas, buscando respostas, analisando diferentes perspectivas, questionando preconceitos e chegando às suas próprias conclusões. 

3. Pesquisa de campo

A pesquisa de campo coloca os alunos em contato direto com o mundo real, permitindo que explorem e construam conhecimento a partir de suas próprias experiências.

Ao observar, analisar e interpretar dados coletados em campo, os alunos desenvolvem uma compreensão mais profunda do mundo que os cerca e do papel que ocupam nele.

A pesquisa de campo é uma ramificação da investigação científica, importantíssima para o desenvolvimento dos alunos. 

Existem várias técnicas de pesquisa de campo, mas as principais são a observação, a entrevista e o questionário.

4. Aprendizagem baseada em problemas

A aprendizagem baseada em problemas (ABP) é uma metodologia ativa que coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, com a responsabilidade de resolver problemas reais e complexos.

A ABP incentiva os alunos a serem curiosos, pesquisarem, trabalharem em equipe, elaborarem hipóteses, sugerirem soluções e tomarem decisões.

Para solucionar o problema, os estudantes devem aplicar (e construir novos) conhecimentos de diversas áreas, dependendo da situação-problema selecionada pelo professor e pela turma.

LEGO® Education: seus alunos construindo blocos, cenários, robôs e conhecimentos

Foto de estudantes construindo cenários de LEGO com LEGO Education

A LEGO® Education é uma série especial da renomada marca de brinquedos LEGO, conhecida por seus blocos de montar que encantaram crianças e adultos globalmente. Ao contrário dos conjuntos convencionais, os kits da LEGO® Education têm um enfoque pedagógico. 

Cada kit é acompanhado de planos de aula alinhados à Base Nacional Comum Curricular, com objetivos definidos de aprendizagem. 

As atividades são interdisciplinares e impulsionam a aprendizagem STEAM (acrônimo em Inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), a cultura maker e a resolução de problemas.

Nas aulas com LEGO® Education, os alunos constroem muito mais do que blocos! Eles constroem novos conhecimentos em colaboração com os colegas e em interação com a atividade.

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