Nunca se falou tanto da necessidade de as escolas se adaptarem à cultura digital. O uso da tecnologia na educação, tanto para melhorar a gestão escolar quanto para otimizar o processo de ensino-aprendizagem, é incentivado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelo programa Educação Conectada do Ministério da Educação (MEC).
Apesar de estar tão presente nos nossos debates, pode não haver muita clareza sobre o conceito de tecnologia educacional. Por isso, hoje vamos nos debruçar sobre esse tema e entender qual é a importância dele e quais os desafios para implantá-lo na prática nas escolas.
Para começar, qual é o conceito de tecnologia?
A palavra tecnologia vem da junção de duas palavras gregas: “tekne”, que significa “técnica, artefato, ofício”, e “logos”, que significa “conhecimento, saber”. Por isso, o termo tem um sentido muito mais amplo que computadores, softwares e invenções modernas.
Tecnologia é qualquer ferramenta que foi criada para solucionar problemas ou realizar tarefas com mais eficiência – desde os materiais mais simples, como uma faca de pedra, até os dispositivos mais complexos, como um smartphone.
A tecnologia é quase tão antiga quanto o próprio homem, já que a humanidade sempre desenvolveu técnicas que tornavam seu trabalho mais fácil e, a sua vida, mais agradável.
No âmbito da educação, poderíamos citar o tradicional quadro negro, o livro físico, lápis, caneta, régua, esquadro, transferidor… são todos os utensílios que auxiliam a rotina de estudos, tanto em casa quanto na escola.
Porém, nos últimos anos, o termo “tecnologia” foi se relacionando, cada vez mais, com o universo digital: computadores, smartphones, softwares, Internet, Inteligência Artificial, redes sociais e videoconferências.
Por isso, é comum que as pessoas falem de “tecnologia” se referindo, na verdade, a “tecnologias digitais.” Na própria educação, as tecnologias mais procuradas são ferramentas digitais, como mostraremos a seguir.
E o que são as tecnologias educacionais?

As tecnologias educacionais são materiais, recursos ou equipamentos que melhoram a qualidade da educação. Elas podem ser físicas, digitais, offline ou online. Podem ser focadas no processo de ensino-aprendizagem, ou na eficiência da gestão escolar.
Estritamente falando, as tecnologias educacionais incluem tanto os materiais didáticos tradicionais (livro físico, quadro negro e transferidor, por exemplo) quanto os recursos educacionais digitais (como e-books, videoaulas, games e testes online).
No entanto, vamos focar aqui no segundo grupo, também conhecido como “novas tecnologias educacionais”: as ferramentas digitais utilizadas na escola ou na rede de ensino.
Exemplos de ferramentas digitais que podem auxiliar as escolas
A escola pode usufruir do poder da tecnologia para resolver diversos problemas, desde as dificuldades de aprendizagem até a falta de engajamento dos alunos.
A desorganização administrativa e a grande quantidade de dados não estruturados também são grandes vilões da gestão escolar.
Diante disso, algumas ferramentas digitais podem auxiliar, e muito, as escolas e redes de ensino:
- plataformas de aprendizagem;
- lousa digital;
- Mesa Educacional;
- sala virtual de reunião;
- jogos virtuais;
- kits de robótica;
- óculos de realidade virtual;
- questionários online;
- fóruns e plataformas de formação continuada para professores;
- sistema de gestão escolar;
- dashboard de dados escolares;
- ferramentas de criação colaborativa (LearnLab, Microsoft Teams e Google Docs, por exemplo)
- armazenamento em nuvem (OneDrive e Google Drive, por exemplo);
- aplicativos de comunicação (e-mail, WhatsApp e agenda digital escolar);
- e ferramentas de gestão de projeto (Trello e Asana).
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Qual é a importância do uso da tecnologia na educação?

A presença crescente das tecnologias digitais em nossas vidas é um caminho sem volta. Em vez de lutar contra elas, a escola deve usá-las a seu favor, para despertar o interesse dos alunos, aumentar o engajamento nas aulas e gerar dados de aprendizagem em tempo real.
As tecnologias educacionais não só criam uma experiência interativa para os alunos, que já são nativos digitais, como também automatizam algumas tarefas da rotina do professor e do gestor escolar, como produção de relatórios, correção de exames e feedback para os alunos.
Utilizar as ferramentas digitais no processo de ensino-aprendizagem é utilizar a linguagem que a nova geração já entende e quer continuar falando. É também uma possibilidade de aumentar o tempo de contato do estudante com os conteúdos curriculares fora dos limites da escola, por meio de videoaulas, quizzes e jogos educacionais.
Além disso, é dever da escola conscientizar os jovens sobre o modo correto de explorar as Tecnologias de Informação e comunicação (TICs), como dita a competência 5 da BNCC:
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”.
Para que os estudantes desenvolvam competências digitais, a tecnologia na escola deve ser utilizada de forma significativa, ou seja, para resolver problemas e produzir melhorias.
Vantagens e riscos da tecnologia na educação
Se, por um lado, a tecnologia traz várias vantagens à educação, por outro, há alguns riscos que precisam ser observados.
De acordo com o relatório da Unesco de 2023, os principais benefícios da tecnologia para a educação são:
- continuidade dos estudos em situações de emergência, como a pandemia do Covid-19, por meio de aulas remotas;
- substituição do ensino presencial em regiões de difícil acesso;
- aumento do acesso a recursos de ensino e aprendizagem, informações e conteúdos didáticos;
- facilita a colaboração entre os pares;
- torna a experiência de aprendizagem mais dinâmica e interativa;
- apoia a acessibilidade, por meio das tecnologias assistivas;
- auxilia a escola na comunicação com os pais e responsáveis;
- permite a personalização da aprendizagem, por meio de plataformas adaptativas;
- torna a gestão escolar mais eficiente e ágil, com o uso de softwares para gestão escolar;
- melhora a qualidade das avaliações, além de reduzir seus custos e agilizar a correção dos testes.
Já as desvantagens da tecnologia, quando utilizada ou adquirida de forma inadequada, são:
- possibilidade de distrair os estudantes;
- desigualdade de acesso à Internet e a dispositivos (computadores, celulares e tablets);
- alto custo de aquisição;
- subutilização dos recursos educacionais digitais, por falta de capacitação dos professores ou desconexão com os objetivos pedagógicos da escola;
- riscos de vazamento de dados, ataques cibernéticos e invasão à privacidade;
- prejuízo à saúde física e mental por tempo prolongado de exposição às telas.
Principais desafios das escolas na inserção da tecnologia
Diante desse cenário, os gestores escolares enfrentam vários desafios para implantar a tecnologia na escola. Confira abaixo as principais dificuldades.
Nas escolas públicas
De acordo com a pesquisa TIC Educação 2022, o uso da tecnologia nas escolas públicas é prejudicado pela:
- falta de acesso para os alunos: 86% das escolas públicas possuem Internet e computadores, mas apenas 54% têm computadores conectados à disposição dos estudantes;
- Internet de baixa qualidade: 84% dos professores relataram que a velocidade da Internet é a principal barreira ao uso de tecnologias digitais em atividades de ensino e de aprendizagem;
- falta de capacitação: 80% dos professores afirmaram que a ausência de um curso específico sobre o uso de tecnologias digitais dificultava a adoção desses recursos em atividades com os alunos;
- dispersão dos estudantes: 50% dos professores (de escolas públicas e privadas) que não utilizam tecnologias digitais com os alunos apontaram como motivo para isso a distração causada nos alunos;
- falta de apoio: outro motivo citado por 37% dos professores foi a falta de pessoas na escola para ajudar o professor no uso de tecnologias digitais com os alunos;
- proibição do celular: em 34% das escolas municipais, o uso do celular na escola era proibido;
- ausência de inovação: apenas um terço dos docentes afirmou realizar com frequência atividades em que os alunos usam tecnologias digitais de forma criativa para resolver problemas.
Nas escolas particulares
- falta de acesso para os alunos: 99% das escolas privadas possuem Internet e computadores, mas somente 73% têm computadores conectados à disposição dos estudantes;
- Internet de baixa qualidade: 45% dos gestores relataram que a Internet cai ou para de funcionar, com uma certa frequência;
- falta de capacitação: 55% dos professores alegaram que a ausência de um curso específico sobre o uso de tecnologias digitais dificultava a adoção desses recursos em atividades com os alunos;
- distração dos estudantes: 50% dos professores (de escolas públicas e privadas) que não utilizam tecnologias digitais com os alunos apontaram como motivo para isso a dispersão dos alunos;
- falta de apoio: outro motivo citado por 37% dos professores foi a falta de pessoas na escola para ajudar o professor no uso de tecnologias digitais com os alunos;
- proibição do celular: em 28% das escolas privadas, o uso do celular na escola era proibido;
- ausência de inovação: apenas um terço dos docentes afirmou realizar com frequência atividades em que os alunos usam tecnologias digitais de forma criativa para resolver problemas.
Como o Educacional pode ajudar sua escola?
Para auxiliar as escolas a superarem os desafios citados acima, o Educacional desenvolveu uma série de soluções:
- Hub Educacional: plataforma digital completa que reúne mais de 30 plataformas pedagógicas e de gestão escolar. Permite a integração com outras tecnologias utilizadas pela escola. Seu objetivo é atender as diversas necessidades da escola em um único ambiente virtual, com acesso rápido e facilitado para toda a comunidade escolar.
- Aprimora: plataforma de aprendizagem adaptativa e gamificada para fortalecer o ensino de Língua Portuguesa e Matemática. Atualmente, está exclusivamente no Hub Educacional.
- Pense Mais: plataforma de aprendizagem para desenvolvimento do pensamento matemático, STEAM e resolução de problemas. Também é exclusivo do Hub Educacional atualmente.
- Mesa Educacional: mesa de apoio à alfabetização e inclusão escolar, formada por vários blocos de letras, desenhos, sinais em Braille e animações em Libras, conectados à uma tela de computador.
- Inventura: projeto maker com atividades de programação, robótica educacional e criação artísticas para alunos do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
- Robotis: projeto completo de robótica que inclui conjuntos da LEGO® Education, formação para professores e orientação pedagógica. Trabalha a aprendizagem STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), a programação, a robótica e a cultura maker.
Como exemplo de sucesso, o uso do Aprimora no Colégio Adventista de Curitiba (PR) melhorou o desempenho dos alunos em Matemática e Língua Portuguesa e auxiliou os professores.
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