Em 2023, a educação digital foi adicionada à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, obrigando todas as instituições públicas de ensino no Brasil a oferecerem educação digital aos alunos.
Mas o que isso significa na prática? O que é educação digital? Continue a leitura para entender o conceito e a importância deste novo modelo, assim como as mudanças que sua escola terá que fazer.
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O que é educação digital?
Segundo artigo publicado na Revista UFG, a educação digital é o conjunto de processos de ensino-aprendizagem que utilizam, de alguma forma, tecnologias digitais.
Ela inclui tanto o Ensino a Distância (Ead), as aulas remotas e o ensino híbrido quanto o ensino presencial enriquecido por recursos educacionais digitais.
A Política Nacional de Educação Digital e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabelecem os seguintes fundamentos da educação digital:
- conexão à Internet de alta velocidade;
- uso pedagógico da tecnologia;
- letramento digital;
- desenvolvimento de competências como pensamento computacional, programação, computação, robótica, criação de conteúdos digitais, comunicação, colaboração, resolução de problemas e segurança e ética no ambiente digital.
Assim, a educação digital vai muito além do uso de computadores, celulares e softwares em sala de aula. Ele abrange uma infraestrutura adequada na escola, um modo de ensinar diferente, fazendo uso estratégico de tecnologias educacionais, e o desenvolvimento de competências digitais.
Qual é a importância da educação digital nas escolas?
Os estudantes da atualidade, por serem considerados nativos digitais, apresentam grande interesse pela tecnologia e são mais participativos quando ela é explorada.
A educação digital é importante não apenas para promover aulas mais engajadoras, mas também para democratizar o acesso à informação. Afinal, é muito mais fácil pesquisar sobre qualquer assunto na Internet do que em uma biblioteca física, com livros limitados.
Uma escola que integra as experiências de aprendizagem offline e online dá aos estudantes essa oportunidade de aprender muito mais em menos tempo.
Outro fator positivo é a possibilidade de aprender de maneira divertida e prazerosa. A realidade virtual, por exemplo, possibilita uma experiência de aprendizagem imersiva, em que o aluno vivencia uma situação específica ou visita um local estudado.
E a facilidade de compartilhar documentos, criar e responder formulários e outras atividades conjuntas em tempo real favorecem a cooperação entre os colegas.

Como colocar a educação digital em prática nas escolas?
Veja abaixo quais são os requisitos para a oferta da educação digital:
Garantir infraestrutura adequada e Internet de qualidade
Antes de qualquer coisa, a escola precisa ter uma infraestrutura adequada para o uso pedagógico de tecnologias digitais, com computadores à disposição dos estudantes e conexão à Internet de alta velocidade.
O estudo TIC Educação 2022 revelou que 94% das escolas brasileiras têm conexão à Internet. Porém, apenas 58% possuem computadores e Internet para uso dos estudantes.
As principais razões para essa falta de acesso são a baixa qualidade da Internet na escola, que muitas vezes não chega às salas de aula, por estarem distantes do roteador, ou porque não suporta a conexão de muitas pessoas ao mesmo tempo.
Por esse motivo, o primeiro eixo do programa federal Educação Conectada é justamente garantir a universalização do acesso à Internet e medir a velocidade da Internet nas escolas.
Na rede particular, somente 73% das escolas possuem computadores e Internet à disposição dos alunos. Assim, tanto as redes privadas quanto as redes públicas de ensino precisam avançar neste ponto.
Utilizar recursos educacionais digitais em sala de aula
O acesso à Internet e aos dispositivos digitais (computadores, celulares e tablets) é o primeiro passo, mas não é tudo. Para que a educação digital se desenvolva, é preciso utilizar a tecnologia com intencionalidade pedagógica.
Há muitos recursos educacionais digitais (REDs) que podem tornar a aula mais envolvente: videoaulas, questionários online, slides, mapas interativos, jogos virtuais, kits de robótica, mesas interativas, plataformas de aprendizagem, livros digitais, entre outros.
Ensinar robótica e programação
A robótica e a programação são citadas na Política Nacional de Educação Digital como aprendizagens obrigatórias da educação digital. Esses conhecimentos incentivam os estudantes a ingressarem em cursos de tecnologia e engenharia e preparam os alunos para o futuro mercado de trabalho.
Essas disciplinas podem ser ofertadas em aulas fixas, de participação obrigatória ou opcional, dentro do horário escolar.
Outra alternativa é incorporá-las a outros componentes curriculares, como Matemática e Física, em atividades específicas, previstas no planejamento pedagógico.
Há também os clubes de robótica, que podem ser criados na escola para reunir os estudantes com interesse em tecnologia.
Implantar o ensino híbrido
O ensino híbrido é o modelo de ensino que integra experiências de aprendizagem online e offline, síncronas e assíncronas, presenciais e à distância.
Hoje, os estudantes obtêm novas informações de forma muito mais rápida e fácil que antigamente, graças às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Diante disso, a escola pode aproveitar as ferramentas que os alunos têm à disposição para elevar o nível de ensino, com uma participação mais ativa dos estudantes.
“No ensino híbrido, o estudante tem contato com as informações antes de entrar em sala de aula. A concentração nas formas mais elevadas do trabalho cognitivo, ou seja, aplicação, análise, síntese, significação e avaliação desse conhecimento que o aluno construiu ocorrem em sala de aula, onde ele tem o apoio de seus pares e do professor”
Lilian Bacich
Para implantar o ensino híbrido, a escola precisa investir na formação dos professores, ajustar seu planejamento pedagógico, utilizar metodologias ativas de aprendizagem e adquirir, para uso dentro e fora da escola, tecnologias educacionais.
Dentre essas tecnologias, a que mais concretiza o ensino híbrido é a plataforma de aprendizagem. Nela, o estudante tem acesso a vários conteúdos didáticos, atividades e avaliações, que complementam o ensino em sala de aula.
A ferramenta também coleta dados de engajamento e proficiência para acompanhamento do professor.
Conheça as plataformas de aprendizagem do Educacional: Aprimora e Pense+.
Usar livros digitais
Assim como os livros físicos, os livros digitais auxiliam na alfabetização, interpretação de texto, leitura de mundo e construção do pensamento crítico.
Porém, o livro digital apresenta algumas vantagens que o livro físico não tem, como flexibilidade, maior interatividade, custo reduzido, geração de dados e apoio ao letramento digital.
Esse último, inclusive, é citado na Política Nacional de Educação Digital, por ser de suma importância para a educação digital. A leitura em interfaces digitais apresenta algumas características diferentes, que requerem o desenvolvimento de certas habilidades.
Por isso, o livro digital é indispensável para as escolas do hoje e do amanhã.
Na Suíte Educacional, você tem acesso a vários livros digitais, com jogos, atividades e relatórios de leitura.
Além dos livros, a plataforma reúne 30 soluções da área pedagógica, gestão escolar e integração tecnológica, a fim tornar mais fácil a adaptação das escolas à educação digital.
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