Os estilos de aprendizagem são características de comportamento que indicam como uma pessoa aprende conhecimentos, habilidades e atitudes novas com mais facilidade.
Cada estudante aprende de uma forma diferente e o papel da escola é atender a essas individualidades. Mas como fazer isso? Continue a leitura para entender como sua instituição pode lidar com os diferentes estilos de aprendizagem.
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Quais são os estilos de aprendizagem?
Não existe uma teoria universal sobre os estilos de aprendizagem. Esse tema é estudado por educadores e psicólogos desde a década de 70, que criaram modelos bem distintos de aprendizagem, baseados em dimensões diferentes.
Veja a seguir os principais modelos de aprendizagem.
Modelo de Kolb
De acordo com Kolb, existem quatro estilos de aprendizagem:
- Experiência Concreta
Os estudantes deste estilo aprendem melhor com experiências emotivas e exemplos específicos nos quais se sintam envolvidos. Eles são mais empáticos e se relacionam melhor com os colegas do que com o professor. Geralmente, consideram abordagens teóricas desnecessárias.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- exemplos em aula;
- resolução de problemas;
- projetos escolares;
- leituras;
- filmes;
- simulações;
- prática de laboratório;
- observação;
- trabalho em campo.
- Conceituação Abstrata
Típica de alunos que possuem modo de aprendizado analítico e conceitual, baseado em raciocínio lógico. Reagem melhor a símbolos do que a outras pessoas e aprendem mais quando são dirigidos por uma autoridade de modo impessoal.
Não gostam do aprendizado por meio de descobertas desestruturadas, como exercícios e simulações.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- palestras;
- analogias;
- leitura de textos;
- projetos escolares;
- construção de modelos.
- Observação Reflexiva
São estudantes que aprendem assistindo às aulas e fazendo tentativas. Baseiam-se em cuidadosas observações e julgamentos imparciais. Por isso, tendem a ser introvertidos.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- perguntas para reflexão;
- tempestade de ideias (brainstorming);
- discussões;
- júris;
- leitura de jornais.
- exemplos em aula.
- Experimentação Ativa
Os estudantes deste estilo aprendem com mais facilidade por meio de projetos práticos, discussões em grupo e tarefas de casa, porém não gostam de experiências passivas como assistir às aulas. São, em geral, extrovertidos.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- exemplos em aula;
- prática de laboratório;
- projetos escolares;
- estudos de casa;
- tarefa de casa;
- trabalho em campo.
O modelo de Kolb é o mais conhecido e utilizado em pesquisas. Ele teve sua validade testada e confirmada por outros pesquisadores.
Modelo Vark
Outro modelo muito difundido é o VARK, desenvolvido por Neil Fleming. Para o educador, há quatro estilos de aprendizagem:
- Visual
Referente a pessoas que aprendem melhor com demonstrações visuais. Elas gostam de utilizar listas para organizar seus pensamentos e costumam lembrar do rosto das pessoas, mas se esquecem dos nomes. Elas se distraem facilmente com movimentos ou ações, mas conseguem ignorar distúrbios sonoros.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- diagramas;
- fotos;
- vídeos;
- aulas expositivas;
- resolução de exercícios;
- pesquisas na Internet;
- aulas práticas;
- slides.
- Auditivo:
Relacionado a indivíduos que preferem aprender com instruções faladas, diálogos e discussões. Ao contrário dos estudantes de estilo visual, elas são facilmente distraídas por sons.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- debates;
- palestras;
- áudios;
- vídeos;
- conversas;
- seminários;
- música;
- dramatização.
- Leitura/escrita
Estilo de aprendizagem dos alunos que costumam fazer anotações durante as aulas, palestras e leituras de materiais difíceis, a fim de reter melhor as informações. Além de tomar notas, eles frequentemente elaboram resumos e esquemas.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- livros;
- textos;
- comentários escritos;
- produção de resumos;
- questões de múltipla escolha;
- bibliografia.
- Sinestésico
Referente a pessoas que preferem aprender fazendo, com autonomia e movimento. São estudantes com muita energia, que gostam de tocar e interagir com o ambiente.
Melhores técnicas de ensino para esse grupo:
- aulas práticas;
- estudos de caso;
- demonstração;
- atividade física;
- resolução de exercícios.
Modelo de Dunn e Dunn
O modelo de estilos de aprendizagem de Dunn e Dunn consiste em um agrupamento de 20 fatores ambientais, emocionais, sociais, físicos e psicológicos.
O indivíduo deve selecionar uma pontuação de 20 a 80 para cada fator. As categorias que recebem entre 40 e 60 são de baixa preferência ou equilibrada, enquanto as de 60 a 80 pontos são classificadas como de alta preferência.

Modelo de Gregorc
O modelo de Gregorc é muito semelhante ao de Kolb. Segundo o educador, os estilos de aprendizagem são quatro:
- Sequencial Concreto
Estilo de aprendizagem das pessoas que possuem pensamento metódico, estruturado e minucioso, seguindo uma linha sequencial. Esses estudantes são focados em realidades concretas e objetos físicos.
- Sequencial Abstrato
Referente a pessoas lógicas, analíticas, conceituais e estudiosas, que preferem instruções verbais e explicações em sequência. Elas são mais ligadas a ideias que a experiências concretas.
- Aleatório Abstrato
Os estudantes desse estilo são emotivos, sociáveis e criativos. Eles possuem muita imaginação e percebem os acontecimentos de forma abrangente. Seus pensamentos são direcionados aos sentimentos.
- Aleatório Concreto
É o estilo de aprendizagem das pessoas intuitivas, investigadoras e boas em solucionar problemas. Elas aprendem por meio de tentativa e erro.
Modelo de Felder e Silverman
Felder e Silvermann criaram o Índice de Estilos de Aprendizagem, dividido em quatro dimensões com onze escalas e dois pontos extremos.
Dependendo das preferências assinaladas, o estilo de aprendizagem do estudante pode ser classificado como:
- Ativo ou Reflexivo
É ativo o aluno que gosta de se esforçar para aprender, trabalhando em grupo. No outro extremo, ele é considerado passivo se ele aprende pensando, preferencialmente sozinho ou com um ou dois parceiros.
- Sensitivo ou Intuitivo
É sensitivo o estudante que prefere procedimentos concretos e práticos. No outro extremo, o aluno intuitivo é aquele que é conceitual, inovador e orientado para teorias e significados.
- Visual ou Verbal
O estudante visual é aquele que gosta de representações visuais do conteúdo, tais como imagens e diagramas. Já o aluno verbal prefere escrever e comentar explicações.
- Sequencial ou Global
A aprendizagem sequencial é aquela que acontece em sequência linear, em um passo a passo. Já a aprendizagem global é holística, ou seja, prefere entender o todo primeiro para depois se concentrar nos detalhes.
É importante ressaltar que, neste modelo, todos os estudantes são enquadrados em quatro estilos de aprendizagem concomitantemente, porque eles não se excluem.
Como a escola deve lidar com os diferentes estilos de aprendizagem?

Independentemente do modelo de referência, é certo que as pessoas aprendem de forma diferente.
O planejamento pedagógico e o plano de aula devem considerar os diversos estilos de aprendizagem como um norte para a escolha de metodologias de ensino, materiais didáticos e recursos educacionais digitais.
Para isso, sua escola precisa:
1. Identificar os estilos de aprendizagem
O professor deve ser capaz de identificar os estilos de aprendizagem da turma, por meio de observação, entrevistas e questionários.
Além disso, o docente, em colaboração com a equipe de gestão escolar, deve orientar os estudantes sobre os estilos de aprendizagem, ajudando-os a reconhecerem suas preferências.
2. Utilizar diferentes abordagens em sala de aula
A partir dessas informações, o professor consegue escolher as metodologias e os recursos mais alinhados com o perfil da turma. Possivelmente, ele terá que revezar entre elas ou usar duas ao mesmo tempo.
Por exemplo, para ensinar os alunos de estilo de aprendizagem “Conceituação Abstrata”, o professor pode expor o conteúdo oralmente ou mediar a leitura de um material.
Depois, para atender os alunos de estilo “Experimentação Concreta”, a turma irá aplicar os conceitos aprendidos, construindo um modelo com LEGO® Education.
Ao coordenador pedagógico cabe orientar os docentes quanto à aplicação dessas metodologias e a utilização de recursos educacionais variados.
3. Diversificar as tarefas de casa
Além de diversificar as metodologias e os recursos utilizados em sala de aula, é importante contemplar, nas tarefas de casa, diferentes estratégias e formatos de conteúdo.
Como mencionamos anteriormente, alguns alunos possuem mais facilidade de reter informações quando estas são representadas visualmente. Outros preferem áudios e ainda outros preferem produção de texto. Há também aqueles que aprendem melhor por meio de questionários e jogos.
Nesse quesito, é muito vantajoso para a escola ter uma plataforma de aprendizagem digital. Na plataforma, há uma grande variedade de conteúdos e exercícios, em diferentes formatos.
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- ciências da natureza;
- ciências humanas;
- robótica;
- programação;
- steam;
- cultura maker;
- resolução de problemas;
- pensamento computacional;
- e habilidades socioemocionais.
Ao utilizarem esses recursos, os estudantes geram dados que são organizados em relatórios automatizados, para acompanhamento do professor, coordenador pedagógico e gestor escolar.
O objetivo da plataforma é melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos, conforme os seus respectivos estilos de aprendizagem, e otimizar a gestão escolar. Quer obter mais informações sobre a Suíte Educacional? Entre em contato com um dos consultores do Educacional.
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