Pirâmide de Aprendizagem: entenda a teoria de William Glasser

Você provavelmente já percebeu que nem todo mundo aprende do mesmo modo ou no mesmo ritmo. Algumas pessoas têm mais facilidade com as aulas expositivas, enquanto outras conseguem aprender melhor com atividades em grupo.

Foi por meio dessa observação que surgiu uma importante teoria da educação: a pirâmide de aprendizagem.

Segundo ela, o nível de retenção dos conhecimentos costuma ser mais alto quando a pessoa realiza atividades que possam estimular o protagonismo e a participação, enquanto em tarefas passivas a aprendizagem é menor. 

Além disso, a pirâmide de aprendizagem tenta hierarquizar as formas de retenção de determinados conteúdos por meio da sua eficácia.

Ficou curioso? Neste post, vamos explicar o que é a pirâmide de aprendizagem de William Glasser. Confira!

O que é a pirâmide de William Glasser?

A pirâmide de aprendizagem é uma teoria elaborada por William Glasser, psiquiatra norte-americano. Para esse estudioso, os alunos devem ser protagonistas da sua própria formação e os professores atuam como guias nesse processo, derrubando a ideia de um ensino verticalizado e passivo.

Glasser acredita que, para que o aprendizado seja efetivo, os alunos devem participar, fazendo, praticando, discutindo e ensinando os outros, para só então conseguir aprender de maneira realmente efetiva. 

Assim, de acordo com Glasser, criar ligações e reter informações é essencial para registrar conhecimentos de forma completa. Além disso, essa teoria não rejeita aulas convencionais, mas propõe um ensino personalizado, para maior sucesso na aprendizagem.

A pirâmide de Glasser reconhece como mais eficazes as metodologias ativas de aprendizagem e as aulas práticas, ao invés de aulas conteudistas e expositivas. 

De acordo com a teoria, humanos assimilam 30% do observado, 20% do ouvido e 10% do lido. Combinando visão e audição, a retenção aumenta para 50%. 

Críticas à teoria

A pirâmide de Glasser apresenta algumas limitações e sofre algumas críticas. Uma das principais é que a teoria é baseada em estudos antigos e não reflete as complexidades da aprendizagem moderna. 

Além disso, a pirâmide simplifica excessivamente o processo de aprendizagem, reduzindo-o a uma simples hierarquia de retenção de informações.

Outra questão é que a teoria não leva em conta as diferenças individuais entre os estudantes, nem as variáveis contextuais que influenciam a aprendizagem.  A ênfase excessiva na retenção pode levar a uma abordagem de ensino que prioriza a memorização em detrimento da compreensão e da reflexão.

Por outro lado, a pirâmide de Glasser também pode ser mais  uma ferramenta valiosa para os educadores, pois oferece uma visão clara e concisa sobre como os estudantes aprendem e retêm informações. 

A teoria também destaca a importância da interação e da aprendizagem ativa, o que é fundamental para o desenvolvimento de habilidades críticas e criativas.

Importância para a educação

A pirâmide de aprendizagem de William Glasser é uma ferramenta que pode ser usada para desbloquear o potencial dos estudantes, incentivando-os a assumirem o controle de seu próprio desenvolvimento intelectual e a se afastar das abordagens tradicionais de ensino. 

Essa teoria destaca a importância de os alunos romperem com o papel de meros espectadores e se tornarem os verdadeiros protagonistas de sua própria jornada de aquisição do conhecimento.

A pirâmide de Glasser também revela os segredos para uma aprendizagem eficaz, identificando os canais mais poderosos para aprender, como discussões estimulantes, observações atentas, escuta ativa e leitura aprofundada.

Com essa ferramenta, os estudantes podem descobrir sua própria fórmula para o sucesso, identificando as estratégias de estudo que melhor se adaptam ao seu estilo de estudo.

Além disso, a pirâmide de Glasser é uma aliada interessante para professores e instituições de ensino. Ao combinar diferentes abordagens e estratégias, é possível criar uma experiência de aprendizagem autêntica e duradoura, que prepare os estudantes para o sucesso em uma sociedade em constante evolução.

Como adotar metodologias ativas em sala de aula?

Segundo a teoria da pirâmide de William Glasser, as metodologias ativas são as mais eficazes para promover uma aprendizagem significativa.

Ao incorporar metodologias ativas, os professores podem transformar a sala de aula em um espaço colaborativo, criativo e estimulante, onde os alunos são encorajados a participar ativamente, compartilhar ideias e aprender uns com os outros.

Mas como fazer isso na prática? Confira abaixo tudo que sua escola precisa para começar essa mudança:

Planejamento pedagógico

Tudo começa com uma sólida fundamentação no planejamento pedagógico, que deve fornecer diretrizes e orientações claras para a implementação de metodologias ativas, especificando as mais adequadas para o perfil de cada turma e considerando os objetivos pedagógicos da instituição. 

Formação de professores

O desenvolvimento profissional contínuo dos professores contribui para a melhoria da qualidade do ensino, e pode ser alcançado por meio da participação em programas de formação, como cursos de capacitação, workshops, seminários e parcerias com instituições de ensino superior. 

Essas oportunidades permitem que os professores se atualizem sobre as melhores práticas educacionais, aprimorem suas habilidades pedagógicas e se familiarizem com as metodologias ativas.

Estando em contato com a aprendizagem baseada em problemas, aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem colaborativa e a gamificação, os professores conseguem criar ambientes de aprendizado mais interativos, dinâmicos e eficazes.

Recursos e tecnologias educacionais

A integração de recursos e tecnologias educacionais às metodologias ativas é uma tendência crescente na educação.

Com o uso de ferramentas tecnológicas, como plataformas de aprendizagem online, aplicativos educacionais, realidade virtual e Inteligência Artificial, os professores podem ter experiências de ensino e aprendizagem mais engajadoras! 

Para auxiliar as escolas na aplicação das metodologias ativas com tecnologias educacionais,  o Educacional oferece algumas soluções:

• Mesa Educacional: mesa de apoio à alfabetização e inclusão escolar, formada por vários blocos de letras, desenhos, sinais em Braille e animações em Libras, conectados à uma tela de computador.
• Inventura: projeto maker com atividades de programação, robótica educacional e criação artística para alunos do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental.
• LEGO® Education: conjuntos de blocos de construção, peças eletrônicas programáveis e planos de aula para a aprendizagem de STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) em todas as séries da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. 

Entre em contato com um dos consultores do Educacional para levar essas tecnologias para a sua escola.

Avaliação contínua

Para garantir que o aprendizado está acontecendo, é preciso avaliar continuamente o processo de ensino e aprendizagem. 

A boa notícia é que o desempenho acadêmico e o engajamento dos estudantes podem ser analisados por meio de dados precisos (Learning Analytics). 

Indicadores como frequência escolar, tempo de interação com plataformas educacionais, taxa de evasão, média de proficiência e nota do Ideb são como peças de um quebra-cabeça, que, quando analisadas, revelam o verdadeiro impacto da implementação de metodologias ativas de aprendizagem em uma turma ou instituição. 

É papel do gestor escolar ser um detetive desses dados, acompanhando os indicadores educacionais e fazendo ajustes estratégicos para melhorar a experiência de aprendizagem dos estudantes. Afinal, esse é o real objetivo da pirâmide de William Glasser.