Você sabia que estamos vivendo na fase da educação 5.0? No mundo todo, as características desta nova fase estão transformando as instituições educacionais, a fim de atender as demandas da sociedade atual.
A tecnologia, a participação ativa do estudante e a educação socioemocional são os principais fundamentos da educação 5.0. Entenda esse conceito e veja como adaptar sua escola, lendo o artigo até o final.
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Sumário:
- O que é educação 5.0?
- Qual é a diferença entre educação 4.0 e educação 5.0?
- Em qual fase da educação sua escola está?
- Quais são as competências mais importantes na educação 5.0?
- O que a escola precisa fazer para se adaptar à nova fase?
- Conheça o Ecossistema de Tecnologia e Inovação Educacional
O que é educação 5.0?
A educação 5.0 é a nova fase da educação, marcada pelo uso intensivo de tecnologias educacionais e pelo desenvolvimento de habilidades socioemocionais. É uma evolução da educação 4.0, conceito que se popularizou no Brasil a partir de 2017 e está relacionado à quarta revolução industrial.
Os termos educação 1.0, 2.0, 3.0, 4.0 e 5.0 têm sido usados por vários autores acadêmicos ao redor do mundo, em referência aos estágios de maturidade das gerações educacionais.
Atualmente, estamos na fase 5.0, mas isso não significa que as características das anteriores deixaram de existir. Muito pelo contrário: muitas instituições, infelizmente, ainda estão presas às tradições da educação 2.0.
No entanto, o mais comum é que os traços das diferentes fases se combinem e deem lugar, gradativamente, às tendências mais recentes.
Entenda melhor os atributos de cada fase da educação a seguir:
Educação 1.0
A educação 1.0 foi a primeira fase da educação, baseada nas metodologias tradicionais de ensino e na figura central do professor. Foi praticado principalmente nas escolas paroquiais e nas casas de famílias favorecidas, onde a criança tinha um professor particular.
Nesta fase, o docente era considerado o detentor do conhecimento e, o aluno, o receptor passivo do conhecimento. O professor era quem decidia o quê, como e quando o estudante deveria aprender.
Educação 2.0
Posteriormente, veio a educação 2.0, focada na memorização, repetição, leitura, aprendizagem individual e prevenção do erro. Seu objetivo era preparar profissionais eficientes para o mundo da indústria, em que os trabalhos manuais e repetitivos tinham predominância.
A figura do professor continua no centro do processo de aprendizagem e pouca (ou nenhuma) autonomia é dada ao estudante.
Educação 3.0
Na educação 3.0, os computadores começam a se popularizar e a divulgação do conhecimento científico passa por uma padronização. Como consequência, apesar de o professor ainda ser o considerado o detentor do conhecimento, ganham espaço em sala de aula a comunicação e a colaboração.
A educação 3.0, relacionada à terceira revolução industrial, reconhece a importância da tecnologia e também da interação social para o mercado de trabalho.
Assim, pela primeira vez, os educadores são incentivados a utilizarem tecnologias digitais em sala de aula, a fim de promover a autonomia, a criatividade e a participação ativa dos estudantes.
Além disso, nesta fase, diferentemente da educação 2.0, o erro é visto como parte natural do processo de aprendizagem.
Educação 4.0
Acompanhando a evolução industrial, agora em sua quarta revolução, a educação 4.0 é caracterizada pelo uso intensivo da tecnologia na educação. As escolas passam por uma verdadeira transformação digital em seus processos de gestão escolar e nas práticas pedagógicas.
Nesta fase, as escolas compreendem que os estudantes precisam desenvolver tanto as habilidades técnicas e cognitivas quanto as digitais e socioemocionais. O estudante deixa de ser visto como agente passivo e passa a ser o centro do processo de aprendizagem.
Além disso, devido à alta disseminação de informações na Internet, o foco conteudista é substituído pelo aprendizado prático com pensamento crítico.
Assim, despontam as metodologias ativas de aprendizagem, a cultura maker, o STEAM, o ensino híbrido, e a robótica educacional.
Educação 5.0

Já a educação 5.0 é um amadurecimento da educação 4.0, com foco no desenvolvimento de competências digitais e, principalmente, das competências socioemocionais.
Enquanto as competências digitais incluem programação, pensamento computacional e habilidade para utilizar Inteligência Artificial, as competências socioemocionais envolvem responsabilidade, colaboração, empatia, criatividade e resiliência emocional.
“A Educação 5.0 privilegia a concepção de que os conhecimentos digitais e tecnológicos são importantes, mas é preciso considerar também, as competências socioemocionais. São essas competências que capacitam o indivíduo para usar a tecnologia de forma saudável e produtiva, criando soluções relevantes para si e para a sociedade em geral.”
Felcher e Former
A educação 5.0 também está relacionada à Sociedade 5.0 – um modelo de organização social humanista e ecológico em que as tecnologias são usadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas e preservar a natureza.
Outra característica da educação 5.0 é a não linearidade do currículo. Nesta fase educacional, os componentes curriculares são interligados e contextualizados com a vida real.
Assim, são pilares da educação 5.0:
- educação socioemocional;
- formação integral;
- preocupação social e ambiental;
- aprendizagem colaborativa;
- metodologias ativas de aprendizagem;
- currículos flexíveis e integrados;
- projetos interdisciplinares;
- aprendizagem significativa;
- educação inclusiva;
- educação digital;
- aprendizagem STEAM;
- cultura maker;
- ensino personalizado;
- gestão escolar data-driven.
Qual é a diferença entre educação 4.0 e educação 5.0?
Como mencionamos anteriormente, a educação 4.0 e a educação 5.0 apresentam muitas características em comum, já que uma é continuidade da outra. Porém, a educação 5.0 dá uma atenção maior às habilidades socioemocionais que a educação 4.0.
Embora a capacitação para o mercado de trabalho continue sendo um dos objetivos da escola, o maior propósito da escola 5.0 é preparar o estudante para a vida em sociedade.
Sua finalidade é contribuir para a construção de um mundo melhor, no qual a tecnologia é utilizada, de forma inteligente e responsável, para vencer obstáculos sociais, econômicos e ambientais.
“O conceito de “estudar pesado” deu lugar ao “estudar de forma inteligente”. O conceito de “trabalhar pesado” deu lugar ao “trabalhar de modo inteligente”. O conceito de “mudar” deu lugar ao “transformar”. O conceito de “inventar” deu lugar ao “inovar”. O conceito de “educação preparadora para o mercado de trabalho” deu lugar à “educação preparadora para a vida.”
Mohammad Rahim (tradução livre)
Em qual fase da educação sua escola está?
Antes de prosseguirmos, é importante refletir em qual fase da educação sua escola está. Para te ajudar nessa análise, resposta às seguintes perguntas com sinceridade e autocrítica:
- A minha escola utiliza mais metodologias ativas ou mais metodologias tradicionais de ensino?
- Os professores da minha escola estão muito ou pouco confortáveis com o uso de tecnologia?
- As competências digitais e socioemocionais dos alunos recebem muita ou pouca atenção no dia a dia da escola?
- As atividades da minha escola privilegiam mais a aprendizagem colaborativa ou a aprendizagem individual?
- Na minha escola, os estudantes têm oportunidade de aprender na prática com oficinas, projetos maker e projetos de robótica ou todas as aulas são teóricas?
- A equipe de gestão escolar analisa os indicadores educacionais e dados de aprendizagem dos estudantes com muita ou pouca frequência?
- Nas aulas e nos projetos escolares, a interdisciplinaridade é muito ou pouco aplicada?
- O nível de adoção da tecnologia na minha escola é avançado, intermediário, básico ou emergente (consulte a tabela abaixo)?

Caso você tenha constatado que a sua escola não está alinhada às demandas da educação 5.0, continue a leitura para descobrir quais competências precisa desenvolver e como adaptar a sua instituição à nova fase educacional.
Quais são as competências mais importantes na educação 5.0?
As competências mais importantes na educação 5.0 são as competências socioemocionais e digitais. Veja abaixo como os estudantes, professores e gestores devem desenvolver essas competências:
Para os estudantes
Os estudantes devem aprimorar suas habilidades digitais e socioemocionais na escola, visando o trabalho em equipe, o empreendedorismo, a investigação científica, a criatividade e a expressão artística.
Eles também precisam se familiarizar com os equipamentos tecnológicos, os conceitos computacionais, as leis, os direitos e os deveres da cultura digital. Também é esperado que ele possua uma atitude crítica e responsável diante das tecnologias.
Conforme o relatório da Unesco sobre a educação no século 21, o aluno deve:
- aprender a conhecer: ser capaz de estudar e aprender por conta própria ao longo da vida;
- aprender a fazer: se qualificar profissionalmente e aprender a trabalhar em equipe;
- aprender a conviver: compreender o outro, respeitar as diferenças e gerenciar conflitos;
- aprender a ser: desenvolver sua personalidade, autonomia, discernimento e responsabilidade.
Isso significa que todas as dimensões do estudante devem ser trabalhadas na escola: não só a intelectual como também a social, emocional, física, ética, cultural, estética e digital. Essa abordagem, chamada de educação integral, visa o desenvolvimento completo do ser humano.
Assim, as principais competências a serem desenvolvidas pelo estudante na educação 5.0 são:
- responsabilidade pessoal, social e ambiental;
- pensamento computacional;
- programação;
- conhecimento sobre o funcionamento da Internet, de dispositivos eletrônicos, de bancos de dados, hardwares e softwares;
- cidadania digital;
- liderança;
- colaboração;
- autonomia e proatividade;
- empatia;
- resiliência emocional;
- pensamento crítico;
- comunicação;
- autoconhecimento e autocrítica;
- criatividade;
- vontade de aprender;
- interesse artístico.
Para os professores
O professor também precisa se adaptar à educação 5.0, desenvolvendo competências digitais e socioemocionais como:
- uso pedagógico de tecnologias digitais e tecnologias assistivas;
- domínio dos recursos educacionais digitais;
- pensamento computacional;
- mentalidade orientada a dados;
- autodesenvolvimento (capacidade de aprender coisas novas e se qualificar profissionalmente, ao longo da carreira docente);
- resiliência e autocontrole emocional;
- gestão de conflitos interpessoais;
- empatia;
- colaboração com outros profissionais;
- criatividade;
- inventividade;
- capacidade de planejamento;
- autoconhecimento;
- autoconfiança.
Na educação 5.0, o papel do professor é de mediador do processo de aprendizagem. Ele deve auxiliar o estudante na construção do seu próprio conhecimento, utilizando metodologias ativas de aprendizagem e estratégias pedagógicas que incentivem a interação.
Ele também deve ser capaz de utilizar as novas tecnologias educacionais em uma proposta inovadora e disruptiva.
Para os gestores
Já os gestores escolares e educacionais têm o papel de impulsionar a transformação digital da instituição, por meio da:
- atualização de estratégias pedagógicas;
- seleção e aquisição de tecnologias educacionais;
- formação continuada de professores;
- automatização de tarefas repetitivas da rotina escolar;
- aprimoramento dos processos de avaliação.
Para isso, é necessário que o gestor tenha as seguintes competências:
- liderança;
- criatividade;
- inventividade;
- proatividade;
- responsabilidade;
- curadoria digital;
- análise de dados;
- mentalidade orientada a dados;
- domínio das plataformas de gestão escolar;
- autodesenvolvimento;
- gestão de conflitos interpessoais;
- comunicação;
- colaboração;
- pensamento analítico;
- gerenciamento de projetos;
- resolução de problemas;
- gestão estratégica de recursos financeiros;
- coordenação de equipes.
O que a escola precisa fazer para se adaptar à nova fase?
Eis algumas dicas práticas para adaptar sua escola à educação 5.0:
1. Explorar a potencialidade pedagógica da tecnologia
Use a tecnologia a favor da sua escola, tanto no processo de aprendizagem, em sala de aula e no ensino híbrido, quanto na gestão escolar, por meio de plataformas escolares e relatórios automatizados.
Como defende o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), o ideal é que a tecnologia não seja utilizada esporadicamente pela comunidade escolar, mas seja “transformadora dos processos pedagógicos e de gestão, estando presente no dia a dia de todos os atores da escola”.
Essa adesão melhora a eficiência da gestão escolar, facilita a tomada de decisões baseada em dados, agiliza a produção e correção de testes e, ainda, auxilia no planejamento e na execução das aulas.
Você pode aproveitar todos esses benefícios com a nossa plataforma educacional completa, a Suíte Educacional.
2. Utilizar mais metodologias ativas de aprendizagem
Outro ponto de atenção é aumentar a frequência das metodologias ativas de aprendizagem. Diferentemente das metodologias tradicionais de ensino, essas metodologias incentivam a interação e a participação ativa dos estudantes.
As metodologias ativas também fomentam a colaboração entre os colegas, o que é muito importante para a convivência em sociedade, para o mercado de trabalho e para o desenvolvimento científico.
Cientistas e engenheiros trabalham na maior parte do tempo em grupos e menos frequentemente como investigadores isolados. Igualmente, estudantes deveriam ganhar experiência compartilhando responsabilidade para aprender uns com os outros”
Relatório da American Association for the Advancement of Science
Outras vantagens da utilização de metodologias ativas são:
- melhor assimilação do conteúdo;
- maior engajamento dos estudantes;
- desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como responsabilidade, autonomia e proatividade;
- estímulo ao protagonismo juvenil.
Várias soluções do Educacional são baseadas nessas metodologias: o Inventura, o Tivy e a LEGO® Education.
3. Fortalecer a educação socioemocional

Como abordamos anteriormente, o grande foco da educação 5.0 está no desenvolvimento de competências socioemocionais. Por isso, é fundamental fortalecer a educação socioemocional na sua escola, por meio de:
- atividades e aulas sobre temas socioemocionais;
- palestras sobre saúde mental;
- rodas de conversa;
- dinâmicas e quebra-gelo;
- avaliações socioemocionais;
- criação de grupos de acolhimento;
- reuniões frequentes com a comunidade escolar;
- acompanhamento e orientação dos professores;
- formações socioemocionais para professores;
- atuação de assistentes sociais e psicólogos no ambiente escolar;
- trabalhos em grupo;
- metodologias ativas de aprendizagem.
Sobre a presença de assistentes sociais e psicólogos no ambiente escolar, a Lei Nº 13.935, promulgada em 2019, exige que as redes públicas de educação básica possuam serviços de psicologia e assistência social, a fim de melhorar a qualidade da aprendizagem.
O Educacional apoia o desenvolvimento de habilidades socioemocionais por meio da Suíte Educacional, do Inventura, do Tivy e da LEGO® Education.
4. Incluir programação e robótica na rotina escolar

Para desenvolver as competências digitais dos estudantes, as escolas precisam incluir em suas rotinas aulas de programação e robótica educacional.
Segundo o estudo Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, 83 milhões de postos de emprego serão extintos até 2027. Todavia, 69 milhões serão criados, dentre os quais se destacam:
- especialista em Inteligência Artificial e aprendizagem de máquina;
- analista de segurança da informação;
- cientista e analista de dados;
- engenheiro de robótica;
- especialista em Big Data;
- especialista em transformação digital.
Assim, o aprendizado de robótica e programação é essencial para os estudantes, na capacitação para o mercado de trabalho.
Esses conhecimentos também serão fundamentais ao exercício pleno da cidadania no futuro, visto que a tecnologia tem impactado, cada vez, diversas áreas da sociedade.
É importante lembrar que o desenvolvimento das competências digitais é obrigatório em todas as escolas, de todos os níveis e modalidades, segundo a Política Nacional de Educação Digital, sancionada no início de 2023.
Sua rede de ensino pode incluir a programação e a robótica na rotina escolar por meio de quatro soluções do Educacional: Inventura, Tivy, LEGO® Education e micro:bit.
5. Montar uma equipe qualificada de professores
Sem uma equipe qualificada de professores, os recursos tecnológicos da escola correm o risco de serem subutilizados ou mal empregados.
Da mesma forma, as metodologias de aprendizagem, as atividades socioemocionais em sala de aula e as aulas de robótica e programação dependem da boa atuação do professor.
Por esse motivo, é indispensável que a sua escola tenha uma equipe qualificada de docentes, com competências digitais e socioemocionais alinhadas à educação 5.0.
Para isso, é preciso recrutar bons profissionais e, ao mesmo tempo, investir na formação continuada dos professores lotados na escola.
O Embaixadores da Inovação é um programa de formação realizado pelo Educacional com o objetivo de capacitar os professores a utilizarem a LEGO® Education e inovarem suas metodologias de ensino.
Conheça o Educacional, Ecossistema de Inovação e Tecnologia
O Educacional, Ecossistema de Tecnologia e Inovação, é a área de negócios da Positivo Tecnologia que produz, organiza e distribui tecnologias educacionais, com o propósito de impulsionar a transformação digital das escolas e atender às necessidades da educação 5.0.
Nossas principais soluções são:
- Suíte Educacional: plataforma educacional completa que reúne mais de 30 soluções educacionais, em um único ambiente virtual. Fomenta o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, digitais e cognitivas.
- Gomaker: locação de kits LEGO® Education, formação para professores e orientação pedagógica para fortalecimento da aprendizagem STEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), envolvendo programação, robótica, cultura maker e trabalho em grupo;
- Inventura: solução completa de ensino de programação, robótica e cultura maker para alunos do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental;
- Tivy: solução de robótica educacional, programação e STEAM para alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental;
- Aprimora: plataforma de aprendizagem adaptativa e gamificada para fortalecer o ensino de Língua Portuguesa e Matemática. Atualmente, está exclusivamente disponível na Suíte Educacional.
- Pense Mais: plataforma de aprendizagem para desenvolvimento do pensamento matemático, STEAM e resolução de problemas. Também é exclusivo da Suíte Educacional.
- Mesa Educacional: solução de apoio à alfabetização e inclusão escolar. Com capacidade para até 6 estudantes, a Mesa é formada por vários blocos de letras, desenhos, sinais em Braille e animações em Libras, conectados à uma tela de computador.
Do que a sua escola precisa para se adaptar à educação 5.0? Entre em contato com um dos consultores do Educacional e conheça as soluções mais indicadas para sua instituição, de acordo com suas necessidades e objetivos pedagógicos.
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